quarta-feira, 12 de junho de 2013

Sobre a duplicação da ArcelorMittal Monlevade

Mensagem do presidente da Câmara, Guilherme Nasser

O início desta reunião poderia ser com um discurso pessimista ou, pior, de lamentações.  
Poderia estar aqui, neste momento, informando meus conterrâneos de que a maior Usina de Monlevade, nosso maior motor econômico, estaria fechando as portas, por causa da falta de demanda ou mesmo de competitividade, como outros presidentes de Câmara fizeram país e mundo a fora.
A notícia poderia ser de que o laminador de nossa maior empresa seria fechado, com a transferência de nosso produto acabado para outra cidade, quem sabe, Ipatinga, Valadares, Rio de Janeiro, Londres, alguma cidade com nome estranho na China... Quem sabe.
Mas não. Iniciamos esta reunião, caros vereadores, imprensa, público presente, povo de Monlevade, com a convicção de que novos e melhores dias se anunciam em nossa querida e amada cidade.
Enfim, seremos movidos pelo desenvolvimento que se anunciava e que nos foi retirado por uma crise que não foi iniciada por nós.
O momento é de otimismo. A notícia da retomada das obras da duplicação da produção na ArcelorMittal, histórica impulsionadora de nossa economia, é sim motivo para comemorar e meu discurso não poderia ser diferente.
É claro que vamos observar por aí opiniões divergentes. Pessoas que dizem acreditar que não se trata de uma boa notícia e sim, de uma má notícia. E as opiniões divergentes são boas. Elas fazem parte do processo democrático e nos ajudam a seguir em frente, analisando o contraditório. Mas, neste caso, estou convencido de que se trata de algo positivo. Os benefícios superam, com extrema grandeza, os malefícios.
E nós, enquanto Poder Legislativo, agimos rápido. Esta Câmara se reuniu ainda ontem com a gerência geral da usina e a notícia é de um investimento fortíssimo em nossa cidade, chegando a 300 milhões de reais a partir de já.
Peço a todos os presentes que façam uma reflexão: Imaginem se tal anúncio, da construção de um novo laminador, fosse feito neste exato momento em uma outra cidade? 
Certamente seria motivo de comemoração. Mas por aqui ainda encontramos discursos pessimistas.
Além disso, serão gerados mais 150 empregos diretos na usina para atender o laminador.
Durante as obras, chegaremos a um pico de 900 trabalhadores atuando na construção, que deve durar cerca de 1 ano e meio. Em uma reunião na tarde de ontem, questionamos o engenheiro Márcio Van Derput se os empregos serão diminuídos e ele foi muito enfático em sua resposta. Nos disse que é impossível trabalhar sem a produção do aço em Monlevade e seria irracional tal possibilidade.  Disse, ainda, que serão criados os novos postos para o laminador.
E os impostos em 2016 podem chegar a 40 ou 50 milhões de reais a mais.
Além disso, o novo laminador será capaz de aumentar nossa competitividade no mercado internacional. Isso nos garante uma sobrevida e a certeza absoluta da manutenção da maior Usina de nossa cidade.
Essa obra significa, caros presentes, que, apesar de tudo, Monlevade segue firme como aço.
Vejam o que acontece na USIMINAS em Ipatinga. 
Quem observa com atenção o que está acontecendo em nosso município tem motivos de sobra para, como eu, se encher de esperança por dias melhores para nossa cidade. Nosso comércio se prepara para se tornar ainda mais forte. Empresas que antes só víamos nas grandes cidades, agora se interessam por João Monlevade. Lojas mais modernas são montadas, com produtos de qualidade.
Sabemos que temos que nos preparar e agir desde já para que possamos nos beneficiar dessa novidade que se anuncia. O emprego deve existir e ser fomentado não apenas dentro da nossa Usina, mas também, e principalmente, fora dela.
Caberá à Prefeitura e a Arcelor um sincronismo para que nosso município seja beneficiado com o aumento da produção o mais rápido possível. E à Câmara a atenção especial e cobrança para que prazos não sejam perdidos a fim de não prejudicar nossa população. Também caberá à Câmara a criação de projetos que contribuam para fomentar os empregos em nossa cidade e discutir uma força tarefa para que empregos não sejam ceifados na Usina. Mais que isso, também podemos contribuir para que as contratações geradas com a obra sejam realizadas aqui.
Nos tornamos, a cada dia, uma cidade renovada de esperança por todos esses aspectos que citamos. O anúncio da retomada das obras, mesmo que não seja toda a obra como esperávamos, já é um bom sinal, um excelente sinal. Ele vai gerar mais impostos, mais oportunidade de investimentos na saúde, na educação, em serviços sociais, dentre outros setores.
Na atual fase de economia em queda que se encontra o mundo e nosso país, é motivo de sobra para nos contentarmos e nos enchermos de otimismo.
O anúncio da retomada das obras na ArcelorMittal nos enche de otimismo. É um momento único de desenvolvimento para todas as áreas de nossa cidade. Um fato que deve ser comemorado por cada monlevadense. Mas podem estar certos, que esta Câmara vai estar atenta, para que nossa cidade possa se beneficiar de fato dessa obra. Vamos conversar, DIALOGAR, nos reunir e cobrar o retorno esperado para a nossa população.  

. Guilherme Nasser Silvério – presidente da Câmara. 

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